Hora das Bruxas I e II
Obs: Como só comecei a marcar minhas frases favoritas depois que havia terminado a leitura do primeiro livro, as frases serão somente do segundo.
Os dois primeiros volumes da saga de quatro livros sobre a família Mayfair não só introduz o leitor à história, como o faz mergulhar fundo nela – Michael Curry que o diga.
Tudo gira em torno da principal linhagem de bruxas da família, que começa com Suzanne de Mayfair no século XVII e chega até Rowan Mayfair. Uma brilhante neurocirurgiã que não tem conhecimento de sua família por ter sido afastada da mãe, mas que pode ser a mais poderosa das bruxas.
Toda essa linhagem, desde Suzanne, é acompanhada pelo espírito Lasher, o sedutor “escravo” e amante das bruxas, que freqüentemente se esforça para unir matéria o suficiente para aparecer como se fosse humano.
O destino de Michael Curry, ilustre personagem com uma cativante história, se une com o de Rowan Mayfair quando ela o salva de um afogamento. E a partir daí, a vida dos dois se altera completamente; ele, com um novo poder sensorial e vagas lembranças de visões; ela, com o novo conhecimento de sua família e de Lasher.
E, junto com Michael, nós temos acesso à toda a história das Bruxas Mayfair, um Arquivo feito por uma incrível Ordem de estudiosos chamada Talamasca. E o mistério que ronda a família e o espírito se aprofunda ainda mais em Rowan, Michael e, por que não, em Aaron Lightner, membro da Talamasca.
Os dois livros são um só. O ponto em que foram divididos faz o leitor sentir não como se houvesse um continuação em outro livro, mas como se ele tivesse largado um livro pela metade, o que é desagradável.
Outro ponto que pode parecer ruim para alguns é a lentidão que ocorre em certos momentos, principalmente no primeiro volume. Tudo é muito detalhado, o que cria uma imagem perfeita na mente do leitor; mas que, por vezes, o cansa.
Mas, mesmo se esses dois pontos negativos (o primeiro sendo culpa somente da editora) fossem odiados pelo leitor – o que é altamente improvável -, a mágica história pode fazer a leitura valer a pena. Esse é o tipo de livro que faz com que você vá dormir pensando nele; que faz com que você sonhe com suas situações; e que faz com que você queira entrar nele e gritar com alguns personagens, bem como acariciar outros.
E, como não poderia deixar de ser, tem um final surpreendente e que deixa o leitor com vontade (ou, talvez, necessidade) de mais. Até onde conheço o trabalho de Anne Rice, posso afirmar que essa é uma de suas melhores obras; é cativante, extensa e misteriosa, além de extremamente sedutora. Todos que gostam do sobrenatural, do sombrio e da paixão, devem ler esses livros.
Personagens +
Michael Curry
Aaron Lightner
Rowan Mayfair
Petyr van Abel
Lasher
Personagens -
Lasher
Cortland Mayfair
Carlotta Mayfair
Charlotte Mayfair
Rowan Mayfair
Frases favoritas (segundo livro)
"Todo o passado é a parte abandonada, que se afasta, como um barco que se desamarrou, como se a água fosse o tempo, e o horizonte, a fronteira demarcada do que continuaria tendo importância"
— Rowan Mayfair (pensamento), pg. 151
"Falar sobre o futuro sempre traz infelicidade aos seres humanos. Seu ímpeto tem como base o fato de eles não conseguirem ver longe. Falemos do passado. Os humanos gostam de compreender o passado."
— Lasher, pg. 387
"Os mortais sonham sem parar com a imortalidade, à medida que suas vidas se alongam. Eles sonham com um voo sem obstáculos."
— Lasher, pg. 403
"A própria vida deve ter como base a infinita possibilidade da escolha e do acaso. E, se não pudermos provar isso, devemos acreditar que é assim. Precisamos acreditar que podemos mudar, que podemos controlar, que podemos dirigir nossos próprios destinos."
— Michael Curry, pg. 483