Bruxaria

25/09/2010 17:15

Como efeito da leitura da saga das Bruxas Mayfair, de Anne Rice, hoje escreverei sobre nada mais, nada menos do que bruxaria.

Um artigo completo sobre esse tema seria muito extenso, portanto a visão aqui dada será superficial.

A bruxaria pode ser visto de forma diferente para diversas pessoas; para alguns, é o simples conhecimento de algo sobrenatural, como saber o preparo de feitiços e rituais. Nessa visão, qualquer um poderia ser um(a) bruxo(a), somente tendo o conhecimento apropriado e a mente preparada para receber essas informações.

Em outra visão, a bruxaria só pode ser praticada por pessoas que não só possuem o conhecimento do sobrenatural, mas que fazem parte dele. Nesse caso, bruxos são aqueles que têm algum tipo de poder, geralmente hereditário, e que convivem com ele. Entre esses poderes, podem estar a telepatia, a vidência, o poder de cura e o poder de comunicação com espíritos.

Essa última visão é a mais comum. E com ela, vieram os conceitos de bruxos maus e bons.

Na Idade Média, as mulheres eram consideradas inferiores; e por isso, assim que mostravam ter algum conhecimento sobre qualquer erva curandeira, por exemplo, eram consideradas bruxas; e, para eles, bruxas eram obras do Diabo. E, com isso, vieram as conhecidas caças à bruxas.

Quase 150 anos de queimação de mulheres foi diretamente influenciada pelo livro “Malleus Maleficarum” (“O Martelo das Bruxas”, em tradução), de Jacob Sprenger, publicado em 1485. Era um manual de caça às bruxas, e foi muito influente na Igreja Católica. Ensinava a identificar bruxas, com padrões, em muitas vezes, preconceituosos e sem fundamento. Esse comportamento assassino só parou quando a ciência começou a ser mais bem estudada e creditada.

Agora, os conceitos de bruxos maus ou bons são diferentes; existe a divisão de “magia branca” e “magia negra”. Diversos estudos sobre esses dois modos de ‘bruxaria’ já foram feitos, e são feitos até hoje. Existem muitas definições diferentes para o que é magia branca e o que é magia negra, e somente estudiosos do assunto podem dizer, com convicção, qual é a melhor definição.

De qualquer forma, já não existe mais nenhum grande confronto com bruxas ou bruxos atualmente; ou, ao menos, não que seja de geral conhecimento. Até porque, não são mais muitas pessoas que crêem em bruxaria. Mesmo pessoas que acreditam no sobrenatural, custam a associar certos fatos com um possível bruxo. Muitos acreditam em poderes separadamente; acreditam que existam telepatas, videntes e médiuns, mas deixam esses fatores como categorias separadas da bruxaria. Por isso pessoas são consideradas bruxas quando têm mais de um poder. Não só são consideradas por outros, como também se consideram.

Laurie Cabot é a “Bruxa de Salém”. Está hoje com 76 anos e é conhecida e respeitada como bruxa em todo o mundo. Já publicou livros que viraram sucesso, ainda mais por ela ser uma das primeiras a divulgar a bruxaria nos Estados Unidos. Ela já teve como experiências sobrenaturais transes, presságios e comunicação com espíritos, além de preparar poções diversas.

Laurie é um exemplo famoso de bruxaria. Ela tem mais de um poder, e por isso pode ser considerada uma bruxa.

Claro que ainda pode existir o ceticismo quanto à isso. Muitas pessoas não acreditam nem em bruxas, nem em poderes separados, ou em nada sobrenatural. E acredito que é esse ceticismo que faz com que as bruxas (se realmente existem) possam viver em relativa paz. E, no fim, isso é uma coisa boa. Certo? ;)

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